Martinho
Alves dos Santos, preocupado com a educação dos filhos, e com o desenvolvimento
da comunidade, doou o terreno para a construção do prédio escolar, da igreja e
da casa comunitária que servia para hospedar bispos e padres, servia, também,
para a prática de trabalhos comunitários e em épocas de festa como lazer.
Martinho
Alves dos Santos faleceu aos 53 anos vítima de uma doença da época “Câimbra de
Sangue ou Gripe Espanhola” que se agravou pelo fato de ser diabético.
Segundo
depoimentos de moradores mais antigos do Bairro, constatou-se que nossa Escola
foi marcante na história da comunidade.
O
professor Paulo Galli foi provavelmente o iniciador da história da educação no
bairro, alfabetizando pessoas de maneira aleatória (particular), por volta de
1913.
A
primeira escola que passou a funcionar efetivamente no bairro teve início
segundo relatos no ano de 1920 com o nome de Escola Pública de São Martinho,
sendo a única na região, recebia alunos provenientes de comunidades vizinhas
como: Caruru, São Bernardo, São João, Pouso Alto e Sombrio. Nesta época a
professora regente e responsável pela escola chamava-se Jacinta Garcia, viúva
do senhor Irineu Garcia que era natural de Lauro Muller, que veio morar no
bairro para lecionar.
Estes
alunos freqüentavam a escola no máximo 03 anos, quem tinha condições
financeiras continuava seus estudos no Colégio São José (particular) ou Grupo
Escolar Estadual Hercílio Luz, ou repetiam a terceira série para aprender mais.
Os pais assistiam aos exames realizados pelos filhos mensalmente, os alunos
obedeciam e respeitavam a professora, caso contrário, eram castigados com
palmatória e vara de marmelo, quando a falta era gravíssima ficavam de joelho
no pedregulho lendo, os alunos faziam seus apontamentos na lousa, sendo
forçados a usar a memória, pois não ficava nada registrado.
Com o
decorrer dos anos ocupou o cargo de professora, Lorena Galli, que era filha do
Senhor Paulo Galli.
Rosalina
Weseller Antunes foi uma professora que também marcou a história da educação em
nossa comunidade, não era professora formada (normalista), por isso, perdeu sua
vaga e assumindo em seu lugar a professora Alda Hülse que era formada, lecionou
pouco tempo nesta comunidade, devido ao difícil acesso pediu transferência para
o centro de Tubarão próximo a residência.
Outra
professora que marcou a história da escola foi Castorina dos Santos Teixeira,
que a partir de 1935 passou a lecionar, continuando por vários anos seguidos,
afastando-se temporariamente apenas para dar luz a seus filhos, era respeitada
por seus alunos, agindo muitas vezes de maneira severa, mas com objetivo de
educar seus alunos. Morava próximo a escola, sendo professora também de seus
filhos.
Nesta
época, a escola passou a funcionar em outra dependência, ao lado da antiga
construção. Era uma casa com características “Rococó”, sendo de material, com
duas áreas aberta laterais, com apenas uma dependência. As carteiras mediam
aproximadamente 04 metros onde sentavam vários alunos e as alunas sentavam em
carteiras duplas, nessas carteiras existia um lugar especial para colocar o
tinteiro, lápis e caneta com pena, pois nesta época usavam o tinteiro, era tão
forte a tinta que marcava o outro lado da folha. O assoalho era feito de tábuas
largas, as janelas eram simples, apenas de madeiras.
Após
alguns anos de funcionamento devido o aumento de alunos a escola deslocou-se
para o Salão Paroquial, cursando apenas as três primeiras séries. A professora
que trabalhava nessa fase era a Feliciana Correa da Silva (regente). Nesta
época, as turmas eram ainda divididas por sexo, uma fila só de meninas e outra
só de meninos.
Em
1954, por motivo de doença, a professora Feliciana Correa da Silva pede
afastamento, em seu lugar começa a trabalhar a professora Eufrazia dos Santos.
Em 1955 assume a professora Zilda Vechi, até julho de 1957, em agosto do mesmo
ano por motivo de licença assume a professora Alda Silva.
Em
1959, a nomenclatura da Escola passa a ser Escola Estadual de São Martinho,
tendo mais uma vez como professora auxiliar, Feliciana Correa da Silva.
Estela
Maria de Oliveira Antunes assume o encargo de direção em 1962. A partir de 1963
a Escola passou a ter como Patrono Martinho Alves dos Santos, que dessa maneira
foi homenageado, sendo lembrando por seus grandes feitos na comunidade,
passando a ser denominada Escola Estadual Martinho Alves dos Santos e também a
escola passou a ter às 4ª séries iniciais.
A
professora Nilda Vicente dos Santos passa a fazer parte do corpo docente da
Escola e em 1964 assume o encargo de direção, ficando no cargo até 1966. Em
1967, Estela Maria Oliveira Antunes assume novamente a direção ficando até o
ano de 1970. Em 1970, é inaugurada as novas instalações construídas pelo
Governo Estadual.
Assume,
em 1971, o encargo de direção Hesda Gonçalves. E passa a ter como professores
efetivos, Heliege M. dos Santos, Silézia T. Silveira, Estela Maria O. Antunes e
Jaida Correa Rombo.
Em
1973, por indicação do Governo estadual assume a direção Marussía Zonardo
Gomes, tendo permanecido no cargo até 1985, marcando profundamente a história
escolar de nossa comunidade pelo seu espírito de liderança e pela dedicação que
tinha pela escola, quadro de funcionários: Estela M. O. Antunes, Edith
Medeiros, Nilda Vicente dos Santos, Maria Luíza Pereira, Heliege dos Santos.
Em
1976, deixa de ser Escola Reunida com a implantação da quinta série do primeiro
grau. Sendo implantadas gradativamente as séries subseqüentes, (sexta, sétima e
oitava séries), no ano de 1979 forma-se a primeira turma do primeiro grau da
Escola. Em 1980, cria-se o Centro Cívico “Osvaldo Cruz”, tendo como incentivadora
a professora de História e Geografia Lucia Minervina, que desenvolveu nos
estudantes e espírito de civismo e cidadania.
No
ano de 1985, mudanças governamentais acontecem e com isso a direção seria
escolhida por eleição, com a participação de professores, alunos e pais da
comunidade, foi eleito o professor José da Silva Thiesen, permanecendo na
direção até o ano de 1989. Admitida como Diretora Adjunta Inês Goulart Martins,
com a implantação do segundo grau. Passando a se chamar Colégio Estadual Martinho
Alves dos Santos com a implantação do curso do segundo grau com habilitação de
magistério de primeira à quarta série. No mesmo ano foi autorizado o
funcionamento do Pré-Escolar.
No
ano de 1990, acontece novamente eleição para eleger novos diretores, assumindo
a direção por escolha da comunidade escolar Lucia Minervina Januária e Diretora
Adjunta Vera Lúcia Bornelli Martinelli.
Em
1990, sob a coordenação da Orientadora Hélia Laus Ângelo Resenes e da
Administradora Salete foi lançada à campanha de arrecadação do livro
infanto-juvenil, deu-se início ao empréstimo de livros para os alunos, clube do
livro, reforçando assim o funcionamento da biblioteca, que foi organizada para
ser fonte de pesquisa para os alunos.
No
ano seguinte foi autorizado o funcionamento do curso de Ensino Médio de
Educação Geral. Por motivo de saúde a Diretora Adjunta Vera Lúcia Bornelli
Martinelli se afasta e assume o cargo Maristela Santos de Medeiros.
No
ano de 1995, por indicação do Governo Estadual assume a direção Inês Goulart
Martins, tendo como Diretor Adjunto Crésio Antunes. No ano de 1997, o Diretor
Adjunto pede afastamento do cargo, por motivos particulares e assume em seu
lugar o professor Valério Eutrópio Galdino.
O
Colégio nunca esteve fora e alheio aos problemas que a comunidade enfrenta, um
dos principais problemas se encontra na vizinha rodovia SC 438. O Colégio fez
movimentações para alertar os moradores, pois perde quatro alunos nos anos de
1997 e 1998, devido à falta de sinalização e acostamento. Esta rodovia faz
parte do caminho dos alunos para chegarem à escola.
Os
alunos participaram do projeto ambiental, fazendo ajardinamento, plantando
flores e árvores frutíferas às margens da rodovia e em volta do Colégio.
Acontecia
anualmente no Colégio desde o ano de 1991 até aproximadamente 2004, a feira de
trabalhos científicos (MOTAC), mostrando desta maneira a criatividade dos
alunos.
Em 1999, por indicação do Governo
Estadual, assume a direção geral a professora Maria Teresinha Corrêa Nascimento
e diretora adjunta Mariléia Goulart Mateus de Bona.
No
ano de 2000, através do decreto da Secretária da Educação, passou a chamar-se
Escola de Educação Básica Martinho Alves dos Santos.
Em
2003, também por indicação do Governo Estadual, assume a direção geral o
professor José da Silva Thiesen e como diretor adjunto o professor Wilson da
Silva Maria.
Já no
ano de 2007, também por indicação do Governo Estadual, permanece o professor
José da Silva Thiesen no cargo de direção geral e assume a professora Maristela
Santos de Medeiros, como assessora de direção.
No
ano de 2011, o diretor José da Silva Thiesen permanece no cargo, e são nomeadas
como assessoras de direção as professoras Marileia Goulart de Bona e Antonia
Regina Cardoso Gonçalves, para o mandato de 4 anos.
A
escola conta, atualmente, com 1052 alunos, distribuídos nos três turnos, do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O quadro
administrativo e pedagógico atualmente é formado por 58(cinqüenta e oito
funcionários), cinco agentes de serviços gerais e dois vigias.
A
Escola de Educação Básica Martinho Alves dos Santos é hoje orgulho para o
bairro de São Martinho, pois tendo iniciado como uma pequena escola, hoje, vem
se destacando pelos projetos desenvolvidos e resultados alcançados marcando
assim a história desta comunidade.
Martinho Alves dos Santos, preocupado com a educação dos filhos, e com o desenvolvimento da comunidade, doou o terreno para a construção do prédio escolar, da igreja e da casa comunitária que servia para hospedar bispos e padres, servia, também, para a prática de trabalhos comunitários e em épocas de festa como lazer.
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